O Homem Bicentenário
O Homem Bicentenário (1999): O Que Nos Torna Humanos?
Baseado na obra de Isaac Asimov e estrelado por Robin Williams, O Homem Bicentenário (Bicentennial Man) é um daqueles filmes que misturam ficção científica com questionamentos filosóficos profundos. Lançado em 1999, o longa vai muito além da estética futurista: ele mergulha na essência do que significa ser humano — com todas as imperfeições, emoções e escolhas que isso envolve.
A História de Andrew: Uma Jornada de 200 Anos
A trama começa em um futuro não tão distante, quando a família Martin adquire um novo modelo de robô doméstico da marca NDR, chamado Andrew (Robin Williams). Criado inicialmente para servir, Andrew rapidamente demonstra algo inesperado: curiosidade, criatividade e sentimentos sutis, o que o diferencia de qualquer máquina.
Com o passar dos anos, Andrew desenvolve uma consciência cada vez mais complexa. Ele aprende a esculpir madeira, passa a apreciar a arte, forma laços afetivos com os membros da família — especialmente com "Miss", a pequena Amanda, que mais tarde envelhece e também se encanta por esse ser gentil e questionador.
Mas a grande virada vem quando Andrew começa a buscar algo que nenhuma máquina havia sequer considerado: a liberdade e o direito de ser reconhecido como humano. E é essa busca que guia o filme por quase dois séculos de evolução, perdas, descobertas e esperança.
Ficha Técnica
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Título Original: Bicentennial Man
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Direção: Chris Columbus
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Baseado em: Conto de Isaac Asimov e no romance de Asimov e Robert Silverberg
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Roteiro: Nicholas Kazan
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Elenco Principal:
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Robin Williams (Andrew Martin)
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Embeth Davidtz (Amanda Martin / Portia Charney)
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Sam Neill (Sir Richard Martin)
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Oliver Platt (Rupert Burns)
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Kiersten Warren (Galatea)
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Wendy Crewson (Maite Martin)
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Gênero: Drama, Ficção Científica
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Duração: 131 minutos
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Idioma: Inglês
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Ano de Lançamento: 1999
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País: Estados Unidos
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Distribuição: Touchstone Pictures (Disney)
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Classificação Indicativa: Livre
Curiosidades dos Bastidores
🔹 Baseado em um dos maiores mestres da ficção científica
O conto “O Homem Bicentenário”, de Isaac Asimov, foi publicado originalmente em 1976. Em 1992, o autor expandiu a história em um romance com Robert Silverberg. A adaptação para o cinema manteve a essência emocional da obra, mesmo com algumas licenças criativas.
🔹 Robin Williams em um papel comedidamente profundo
Apesar de ser conhecido por seu humor, Robin Williams entrega aqui uma das atuações mais contidas e emocionantes de sua carreira. Ele combina sensibilidade, inocência e um toque melancólico que dá alma ao personagem.
🔹 Próteses e efeitos visuais de última geração (para a época)
O processo de envelhecimento de Andrew e sua transformação gradual em um ser mais humano exigiu maquiagem e efeitos práticos inovadores para 1999. Robin Williams passou horas em maquiagem para cada fase da "humanização".
🔹 Um dos filmes mais subestimados da carreira de Williams
Embora não tenha tido um grande sucesso comercial na época, o filme foi ganhando prestígio ao longo dos anos por seu conteúdo filosófico e emocional. Hoje é considerado uma obra cult entre fãs de ficção científica mais humanista.
🔹 A pergunta final do filme é universal
O ápice da história acontece quando Andrew, agora praticamente humano, deseja ser reconhecido legalmente como tal. A pergunta que paira no ar é: “O que nos torna humanos? É a biologia ou a consciência?”
Onde Assistir
A disponibilidade pode variar por região, mas atualmente O Homem Bicentenário (1999) pode ser encontrado em:
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✅ Disney+
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✅ Amazon Prime Video (compra ou aluguel)
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✅ Apple TV
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✅ Google Play Filmes / YouTube Filmes
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🔁 Também costuma ser exibido em canais como Cinemax, FX, ou Star Channel, dependendo da programação atual.
📌 Dica: Use ferramentas como JustWatch para localizar a plataforma mais atualizada.
Reflexão Final
O Homem Bicentenário é uma experiência emocional que vai muito além da robótica. É um filme sobre identidade, liberdade, amor e mortalidade. Andrew não quer apenas viver; ele quer sentir, escolher, errar, amar — e até morrer, se for isso que o torna humano.
No fim das contas, o longa nos leva a refletir: ser humano é apenas uma questão biológica ou é algo que vai muito além da carne e dos ossos?
Com trilha sonora delicada, fotografia sensível e uma mensagem atemporal, O Homem Bicentenário continua sendo um daqueles filmes que aquecem a alma e fazem o espectador sair com o coração mais leve — e a mente cheia de perguntas.